domingo, 20 de julho de 2008

Sempre divididos

"Partido palestino tenta sanar suas divisões internas, mas outras rapidamente surgem"

A matéria não é nova (foi publicada em 26 de junho de 2008), mas penso que é válido registrar e comentar. Saiu na The Economist e, já pelo subtítulo, demonstra o pessimismo dos editores da revista inglesa.

Na perspectiva dos ingleses as chances de paz na região estão na dependência exclusiva de uma vitória eleitoral do partido Fatah sobre seu adversário "fundamentalista" Hamas, já que esse se opõe fortemente a qualquer diálogo com Israel.

Entretanto, segundo a The Economist, existiria entre os partidários do Fatah graves divergências e sérias acusações. Para uns, as lideranças do partido estariam articulando, nos bastidores, para impedir a ascensão de Marwan Barghouti que, segundo algumas pesquisas de opinião, é o mais popular entre os eleitores na Faixa de Gaza. Detalhe: Barghouti está preso em Israel (foto acima).

Por sua vez, os aliados de Barghouti receiam que Ahmed Qurei (foto abaixo) esteja manobrando para suceder Mahmoud Abbas na chefia do partido e dali, alçar-se à presidência.

Além destes conflitos internos de poder, o Fatah também estaria dividido em dois debates ideológicos. Um deles, sobre uma reconciliação com o Hamas e o outro, a respeito das conversas de paz com Israel.


Tudo passando por uma questão polêmica: um único Estado ou dois Estados separados? Como não há, conforme a revista inglesa, um consenso sobre essa questão, mais distante está a paz definitiva na região.