sexta-feira, 28 de março de 2008

Oriente Médio

Corrida armamentista nuclear nos países do Oriente Médio

Onze países árabes declararam ter interesse em desenvolver tecnologia nuclear. Pelo menos é o que o colunista do Jerusalem Post, Michael Freund, afirma saber. E isto seria, segundo Freund, o preço que Washington paga por sua obsessão com os palestinos.

Conforme seu argumento, o tempo que os diplomatas norte-americanos gastam "batendo suas cabeças contra o muro palestino" eles estão deixando de observar uma questão que ameaça estremecer os fundamentos da região inteira, ou seja, o perigo crescente de uma corrida nuclear no Oriente Médio.

Freund aponta que, ao não conseguir interromper o plano atômico do Irã, o Ocidente deixou em aberto a possibilidade dos outros países da região, incomodados com a presença de Israel, também se armarem. Pois, à medida que se desenvolve a sensação que Washington não teve vontade firme para parar o programa nuclear de Ahmadinejad, os outros países da região não encontrariam razões para igualmente manter-se neutros.

O colunista não acredita que as razões alegadas por alguns estadistas árabes para desenvolver a energia nuclear em seus países - uma alternativa energética - deva ser levada a sério. Por conseguinte, Freund alerta que, para Washington, somente resta uma escolha muito simples:

"Mantenha-se focado sobre os palestinos se assim desejar, porém não se surpreenda se um dia você acordar e descobrir um Oriente Médio com bombas atômicas".

Fato é que em vários jornais que pesquisei nada se fala sobre as pretensões armamentistas dos países árabes em torno de Israel. Não significa que o colunista do Jerusalem Post esteja blefando, mas trata-se de uma informação que se deve manter reverberando na memória.

Até que ponto esta pretensão irá se concretizar não é possível saber. Caso haja uma mínima chance de ser real, um futuro ameaçador aguarda os habitantes da região.

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