sábado, 1 de março de 2008

Oriente Médio

Bombardeio em Gaza

Acompanho com vívido interesse o desenrolar dos conflitos no Oriente Médio, procurando ler diariamente todas as notícias referentes ao cotidiano da Palestina, buscando, com muita esperança, alguma mudança positiva na região. Implica dizer, a paz entre árabes e israelenses.

Estes dias o mundo presencia, mais uma vez, uma escalada de violência e mortes. O bombardeio israelense sobre a Faixa de Gaza deixou, até agora, um saldo de pelo menos 35 palestinos mortos e, conforme as autoridades médicas, dezenas de feridos graves.

Este post, no entanto, tem por objetivo avaliar como os jornais estrangeiros estão tratando este recente confronto. Começando pelo The Jerusalem Post.

Na edição de hoje do site do jornal, selecionei algumas matérias e editoriais. Entre elas, a matéria "47 palestinos mortos durante incursão da IDF na Faixa de Gaza".

Não sou versado em técnicas jornalísticas de redação, mas algo soa um pouco estranho. Como o título deixa claro, o jornal busca chamar a atenção do leitor para o fato de quarenta e sete palestinos terem sido mortos após ataque da força militar israelense. Contudo, as primeiras linhas do texto destacam a morte de DOIS soldados e CINCO feridos entre as tropas israelenses durante a operação militar cujo alvo é combater os foguetes lançados pelo Hamas contra cidades israelenses. No mesmo parágrafo, mas com menor destaque, o jornal informa que 47 palestinos foram mortos e pelo menos 40 ficaram feridos.

Continuando o texto, observa-se que a idade dos soldados israelenses mortos não passava dos 20 anos, mas as idades dos palestinos atingidos fatalmente sequer são mencionadas. Embora o jornal mencione a morte de um bebê e de dois adolescentes, na mesma linha em que isto é dito, entretanto, é frisado que Israel foi bombardeado por, no mínimo, 44 foguetes.

A impressão é que o jornal tenta justificar os ataques e minimizar as baixas civis do lado palestino.

Depois volto ao assunto.


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