quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Jefferson e Adams: homens do Iluminismo


Colunista do Washington Post explica o que Thomas Jefferson e John Adams diriam a Mitt Romney

Em sua coluna de hoje, David Ignatius, escreve sobre a correspondência trocada pelos Pais Fundadores da Nação Norte-americana, Thomas Jefferson e John Adams, e como suas cartas deixariam claro o que os dois achariam sobre a religiosidade de muito da vida política moderna (dos norte-americanos, é claro): detestável.

"Não que eles fossem homens religiosos", considera Ignatius, mas homens "investigadores passionais da verdade, tanto física quanto metafísica". Neste sentido, conforme o colunista, o deísta Jefferson teria recortado o Novo Testamento e criado sua "Bíblia de Jefferson", ou mais formalmente, "A Vida e a Moral de Jesus de Nazaré", retirando as partes que ele considerava "sobrenaturais" ou que foram incompreendidas pelos autores dos evangelhos.

Ignatius chama a atenção para a utilidade de revisitar as meditações de Jefferson e Adams, "racionalistas americanos" como ele os chama, à medida que políticos e comentaristas têm sugerido que, para os Fundadores, a idéia de Liberdade era uma graça de Deus, ou como estabelece a Declaração da Independência, "todos os seres humanos são dotados pelo Criador com certos direitos inalienáveis".

A motivação de Ignatius para sua coluna do dia, ele aponta, foi o discurso de Mitt Romney, em 6 de dezembro, intitulado "A fé na América". (Procurarei o texto em breve) Segundo Ignatius, Romney fez uma esplêndida evocação da dupla herança da religião e da liberdade religiosa para os americanos até denunciar que os Fundadores "procuravam remover do domínio público qualquer conhecimento de Deus". A religião, segundo Romney, seria meramente um negócio privado, sem espaço na vida pública. Para Romney, os Fundadores intentavam fundar uma nova religião na América, a religião do secularismo.

Qualquer um que leia Jefferson e Adams, prossegue Ignatius, ou Franklin, Madison, Hamilton, ele acrescenta, pode fazer seu próprio julgamento e concluir que todos diriam: "Isto é conversa".

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