quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Livros didáticos de História



1776: Independência ou Revolução?

Suponhamos que um estudante do ensino médio tivesse a curiosidade de aprender um pouco mais sobre os Fundadores da nação norte-americana, assunto de post's anteriores, o que já seria uma raridade...

Suponhamos que ele ou ela não recorresse ao São Google, mas fosse ao bom e velho livro didático, o que ele encontraria?

Vejamos se os livros que eu tenho em casa esclareceriam as discussões que esquentam a imprensa norte-americana às vésperas das eleições para presidente.

O título desse post, por exemplo, eu tirei do livro História: das cavernas ao Terceiro Milênio de autoria de Myriam Becho Mota e Patrícia Ramos Braick, pela Editora Moderna.

O capítulo começa de uma maneira muito interessante, trazendo um questionamento sobre se é possível falar em liberdade nos EUA. Afinal, "práticas segregacionistas fazem parte da história da sociedade norte-americana desde a colonização". Assim, a história social nos Estados Unidos comprova que "o reconhecimento constitucional de um direito não significa, na prática, sua aplicação".

Ótimo. Já é possível estimular nos alunos um pensamento crítico, seja nos EUA, seja em nossa realidade tupiniquim.

Em seguida, as autoras defendem que o pioneirismo da América inglesa em sua ruptura com o sistema colonial deveu-se à "afirmação crescente de uma identidade própria, primeiro local e depois norte-americana, na medida em que os habitantes aumentaram sua força econômica e desenvolveram sua capacidade de se valer do direito para se defender".

Enfim, a precipitação da crise nas Treze Colônias, para as autoras, foi uma conseqüência de "medidas erradas" tomadas no "momento errado" por Londres. Que medidas foram estas?
Intensificação do controle sobre o comércio norte-americano e atlântico.

Por que "no momento errado"?

Justamente quando as colônias queriam relaxar os controles existentes como dar-lhes um fim, nem tanto por razões econômicas, guardem isso, mas por fatores políticos: "os coloniais sentiam-se fortes e prósperos, queriam ter liberdade de movimentos e ação".

Continua...




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